Operação Sala de Vacina: Coren-RO integra fiscalização nacional e detecta pontos críticos em Porto Velho

A Operação Salas de Vacina teve como principal objetivo avaliar a atuação da equipe de enfermagem, as condições do espaço físico e a adequação às normativas vigentes, bem como assegurar o cumprimento dos processos técnicos e a gestão eficiente nas salas de vacina.

24.03.2025

A fiscalização abrangeu 18 salas de vacina localizadas na capital e adjacências, seguindo o cronograma estabelecido pelo Cofen.

O Conselho Regional de Enfermagem de Rondônia (Coren-RO) integrou a Operação Salas de Vacina, uma ação nacional conduzida pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) que busca avaliar e aprimorar a qualidade do serviço prestado nas salas de vacina vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A iniciativa incluiu a verificação da presença e supervisão dos enfermeiros, a conformidade dos equipamentos e instalações da rede de frio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), o treinamento das equipes de enfermagem, o manejo de eventos adversos pós-vacinação e a alimentação dos sistemas de informação com indicadores vacinais.

Além disso, foi analisada a existência de documentos operacionais fundamentais, como Protocolos Operacionais Padrão (POP) e normas de gerenciamento.

FISCALIZAÇÃO

A fiscalização foi realizada de forma rigorosa pelos enfermeiros fiscais Lilian Sampaio e Diogo Nogueira, juntamente com a secretária-geral Taciana Holtz e o presidente do Coren-RO, Josué Sicsú. A ação incluiu inspeções presenciais nas salas de vacina, conversas com profissionais de enfermagem e responsáveis pela imunização em Porto Velho, além de uma análise minuciosa de documentos técnicos e registros fotográficos das instalações e atividades.

Foram analisados elementos como escalas de serviço, livros de registro e prontuários, a fim de garantir uma avaliação abrangente das condições de trabalho e do atendimento oferecido.

Foram inspecionadas 18 salas de vacina, e as inspeções revelaram importantes inconformidades. Identificou-se a ausência de supervisão direta de enfermeiros, o que compromete o acompanhamento das atividades e a qualidade do serviço. Também foram observadas falhas no gerenciamento, como a inexistência de documentos essenciais, incluindo POP, normas e rotinas, e o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde.

Além disso, a disposição inadequada de caixas de perfurocortantes aumentam os riscos ocupacionais, e o controle da temperatura nos locais de armazenamento de imunobiológicos mostrou-se ineficiente, ameaçando a qualidade das vacinas. Outro ponto crítico foi a composição das equipes, com vacinadores atuando sem o suporte de profissionais administrativos, o que prejudica a organização e eficiência do trabalho.

Ações Futuras e Importância da Enfermagem

Para corrigir as irregularidades apontadas, serão encaminhados relatórios detalhados às autoridades competentes, reforçando a necessidade de investimentos em estrutura e formação da equipe. Durante a fiscalização, foi realizada uma reunião com a Coordenadora de Imunização da Prefeitura de Porto Velho, Carina Luiza Leigue, para alinhar estratégias que assegurem a qualidade do serviço.

“A fiscalização realizada com nossa equipe tem sido essencial para identificar pontos críticos e melhorar a estrutura dos serviços. Seguiremos firmes no compromisso de apoiar e garantir a excelência na imunização da população, as fiscalizações seguem com cronograma no estado e o ano todo, seguimos vigilantes”, afirmou Josué Sicsú.

A Operação Salas de Vacina evidencia a importância do papel da enfermagem na imunização e reforça a necessidade de condições adequadas para a execução das atividades e compromisso com a qualidade da saúde pública em Rondônia.