Rondônia apresenta crescimento da obesidade e Ministério da Saúde reforça alerta para riscos à saúde

Segundo a pesquisa Vigitel, enfermidade já atinge 24% dos brasileiros. Além de estar associada a doenças crônicas como diabetes, hipertensão e outras, também é causa de problemas psicológicos

15.10.2024

A obesidade, uma doença crônica que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo, tem se tornado uma preocupação crescente em Rondônia, especialmente na capital, Porto Velho. O Ministério da Saúde destaca a importância de conscientizar a população sobre os riscos dessa condição e a necessidade de adotar hábitos saudáveis para sua prevenção. A obesidade atinge pessoas de todas as idades e está associada a uma série de problemas graves de saúde, como doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão. Além disso, o excesso de peso também carrega estigmas sociais, que muitas vezes resultam em problemas psicológicos, incluindo depressão, baixa autoestima e angústia.

Dados recentes do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), conduzido pelo Ministério da Saúde por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), revelam um cenário alarmante. Desde 2006, a taxa de obesidade no Brasil vem crescendo de forma contínua. Naquele ano, 11,8% dos entrevistados relataram estar obesos. Em 2023, esse número subiu para 24,3%. Em Porto Velho, os índices são preocupantes: 22,4% dos homens e 21,1% das mulheres foram diagnosticados com obesidade.

Esse aumento da obesidade tem consequências severas para a saúde pública. O Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) aponta que, em 2019, o sobrepeso e a obesidade foram responsáveis por aproximadamente 8,8% das mortes no mundo e 12,6% no Brasil. Esses números colocam a obesidade como uma das principais causas de óbitos, superando inclusive várias doenças infecciosas.

Diante desse quadro, o Ministério da Saúde reforça a urgência de políticas públicas voltadas para a promoção de hábitos saudáveis e a conscientização sobre os riscos da obesidade. Em Rondônia, essas ações são essenciais, principalmente em Porto Velho, onde o número de pessoas afetadas continua a crescer. O combate à obesidade não é apenas uma questão de saúde física, mas também de saúde mental, visto que o estigma social associado ao peso pode agravar o sofrimento psicológico de quem enfrenta essa condição.

Enfrentamento às doenças crônicas não transmissíveis

Caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, a obesidade pode impactar diretamente a qualidade e a expectativa de vida das pessoas afetadas. Para a diretora do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis (Daent) do Ministério da Saúde, Letícia de Oliveira Cardoso, o monitoramento constante de indicadores sobre o estado nutricional e o consumo alimentar são fundamentais para se conhecer a saúde da população.

Cuidados na atenção primária

No SUS, a Atenção Primária à Saúde (APS) é o contato mais próximo da população com a saúde pública. A oferta de acompanhamento multidisciplinar – com a equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) e equipe multiprofissional (e-Multi) – e ações que visam informar a população sobre como buscar uma alimentação mais adequada e saudável, auxiliam no cuidado ao sobrepeso e na prevenção da obesidade, que está associada não só ao consumo excessivo de alimentos mas a má qualidade do hábito também. Para casos de maior complexidade, a exemplo da necessidade de intervenções cirúrgicas, a APS compartilha o cuidado com outros pontos da Rede de Atenção à Saúde (RAS).

O Ministério da Saúde ainda dispõe de diversos recursos voltados à qualificação dos profissionais de saúde com o intuito de garantir um atendimento integral à pessoa com sobrepeso e obesidade em todas as fases do cuidado. Isto inclui acolhimento, diagnóstico e assistência às pessoas com sobrepeso ou obesidade, que podem ser trabalhados nos estados, municípios e Distrito Federal, como os instrutivos de Abordagem Individual e de Abordagem Coletiva para manejo da obesidade no SUS.

Alimentação saudável e atividade física

A prevenção da obesidade é a melhor estratégia para garantir a saúde e o bem-estar da população desde a infância. Sabe-se que o padrão alimentar relacionado às doenças crônicas não transmissíveis é caracterizado, especialmente, pelo baixo consumo de alimentos in natura e minimamente processados em paralelo ao consumo excessivo de alimentos ultraprocessados. A obesidade está mais relacionada à qualidade do que se come do que à quantidade ingerida. Além disso, outros fatores, como a falta ou insuficiência de atividade física, também desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença. 

Fonte: Coren-RO com informações Ministério da Saúde

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